Sobre Nós
Myrica Faial Permaculture Farm
A Myrica Faial Permaculture Farm nasce em 2017, no Capelo, Ilha do Faial onde três neo-rurais decidem fundar uma quinta com métodos em Permacultura e em solo vivo. Mais tarde, o projeto segue apenas com dois membros: Sofia Gigante e Julien Floro. Foi numa visita a amigos igualmente Biólogos Marinhos ao Faial em 2016 e durante uma discussão sobre as bases do nosso projeto que surge a ideia de os Açores serem o local de eleição. Pouco tempo depois, a ideia de viver nos Açores tornou-se uma realidade. Depois de alguns meses de busca por entre o deslumbrante verde Faialense, eis que o lado Oeste revelou um espaço com um excelente potencial.

Myrica Faial – Permaculture Farm
A quinta está estabelecida numa encosta do vulcão do Cabeço Verde, virada a sul-sudoeste com vários hectares de floresta e pasto. As parcelas florestais encontravam-se em abandono, sendo aos poucos recuperados com práticas Agroecológicas para produção de legumes, frutas e animais em MPB.
O solo vulcânico da Myrica é rico em minerais devido à erupção vulcânica do vulcão dos Capelinhos, resultando num solo arenoso, profundo mas limitado em matéria orgânica. As práticas de agricultura regenerativa implementadas na quinta tem permitido um incremento de matéria orgânica nos solos, aumentando a biodiversidade e vida no solo. O solo vivo é o motto da Myrica, que permite uma produção de vegetais, fruta e animais de alta qualidade, ricos em nutrientes, para o consumo local.
Os fundadores
Sofia Gigante

Sofia Gigante é amante da Natureza por intrínseca paixão, Bióloga Marinha de formação académica, sócia gerente e produtora agrícola da empresa Myrica Faial Permaculture Farm. Foi no curso de Licenciatura em Biologia Marinha no sul de Portugal em Faro que ganha noções mais fortes do impacto do Ser Humano no Planeta inerentes às suas decisões e consequentemente as realidades positivas negativas dessas ações humanas sobre os Ecossistemas.
As abordagens e desafios na Conservação da Natureza são cada vez mais uma área de interesse a querer percorrer e o conhecimento de que muitos dos desequilíbrios ambientais têm a sua origem nas necessidades abusivas do Homem de retirar mais do que necessita, leva-a a sentir uma maior responsabilidade de contrariar este caminho insustentável. Estes temas vão com o tempo moldar a sua consciência e estruturar as suas motivações.
Em 2010, inicia um novo percurso de procura de algo que a caracterize e a motive na área de trabalho e pessoal, percorrendo vários destinos na América do Sul, onde acaba a trabalhar em projetos de Conservação da Natureza como o Equador com tartarugas marinhas e tubarões, passando pelo Brasil no coração da Amazónia com o golfinho rosa (boto vermelho), chegando mais tarde a passar pelas Canárias com cetáceos marinhos em áreas marinhas protegidas.
Julien Floro

Julien Floro, natural de Loulé, Algarve licenciou-se em Biologia Marinha na Universidade do Algarve, onde nasceu uma paixão de conservação marinha, o que levou-o ao Kenya, África onde estagiou numa ONG que desenvolvia projetos em conservação marinha (cetáceos, pescas e social). Esta experiência estimulou-o a continuar a sua formação, resultando num mestrado internacional em Conservação Marinha e Biodiversidade, em Gent na Bélgica e Oviedo em Espanha e o desenvolvimento da sua tese no CENAIM no Ecuador, sendo a temática o desenvolvimento de uma área protegida marinha na ilha do El Pelado.
Durante o seu périplo estudantil, formou-se em Permacultura, Agricultura Regenerativa e na biologia do solo. Aquando do seu trabalho em Madagáscar como cientista principal na ONG Reefdoctor, decidiu embarcar numa viagem pós-académica no mundo do solo vivo e sustentabilidade alimentar. Essa dualidade de formação encorajou a tornar-se agricultor regenerativo para a sustentabilidade alimentar e proteção de ecossistemas.